Maria Rocha26 de mai. de 20231 min para lerEnsopada por uma espécie de luto e uma dura autenticidadeAtualizado: 9 de jan.essa semana foi uma insensatezatarantada babélica desordenadaalimentei as paranoiasofereci um espaço para fazerem uma festa dentro de mim -fogos bombeavam no peitouma cachoeira escorria pela maçã do rostoembebedei o desejo de cavar até as entranhas -sugada pela estranha sede de esmiuçar o sofrimento balbúrdia interna generalizada descontroladaque limitam o sono e exigem que façamos força para simplesmente respirarachei que o mundo estivesse esgotado da minha existênciaestimei que a lei da gravidade fosse me descartar do seu complexo manual de funcionamentosupus que os íntimos estivessem se esquivando do meu corpolágrimas de uma criança ferida e abandonadaânsias de um ser sufocado por seus próprios medostensão de uma mente inundada em angústias - inventadas ou nãonão era o mundo que se cansava de mimera eu que me sentia farta do meu próprio organismo e consumida pela selvageria internaexaurida das típicas obsessõesdos mais intensos delíriosexausta da destruidora procrastinaçãoa ilusória infertilidadeos lugares que ia e as pessoas que viaa momentânea passividadeo corpo que só se deitava e pouco existia tédioárida com o desrespeito ao meu próprio espaçoao meu próprio tempoà minha própria presençacansada de me afogar – constantemente – na enchente do meu mareu corpo-alagado doente de siestranha ao fogoalheia ao ventomumificada.-vou me levantarespreguiçar as estruturas tomar um banho quentedeixar a água escorrer lavar cada parte do pédesembaraçar o cabelome alienar na brecha entre uma morte e outra
essa semana foi uma insensatezatarantada babélica desordenadaalimentei as paranoiasofereci um espaço para fazerem uma festa dentro de mim -fogos bombeavam no peitouma cachoeira escorria pela maçã do rostoembebedei o desejo de cavar até as entranhas -sugada pela estranha sede de esmiuçar o sofrimento balbúrdia interna generalizada descontroladaque limitam o sono e exigem que façamos força para simplesmente respirarachei que o mundo estivesse esgotado da minha existênciaestimei que a lei da gravidade fosse me descartar do seu complexo manual de funcionamentosupus que os íntimos estivessem se esquivando do meu corpolágrimas de uma criança ferida e abandonadaânsias de um ser sufocado por seus próprios medostensão de uma mente inundada em angústias - inventadas ou nãonão era o mundo que se cansava de mimera eu que me sentia farta do meu próprio organismo e consumida pela selvageria internaexaurida das típicas obsessõesdos mais intensos delíriosexausta da destruidora procrastinaçãoa ilusória infertilidadeos lugares que ia e as pessoas que viaa momentânea passividadeo corpo que só se deitava e pouco existia tédioárida com o desrespeito ao meu próprio espaçoao meu próprio tempoà minha própria presençacansada de me afogar – constantemente – na enchente do meu mareu corpo-alagado doente de siestranha ao fogoalheia ao ventomumificada.-vou me levantarespreguiçar as estruturas tomar um banho quentedeixar a água escorrer lavar cada parte do pédesembaraçar o cabelome alienar na brecha entre uma morte e outra
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